Ao amigo que chora,
abandonado
De mim, no estertor
da vida sinto
Que a solidão é
afeto cruel e tinto
E a separação não
é apanágio sagrado.
Importante saber-se
amado e protegido
Perante
circunstâncias que delatam o fim
E ter em mente numa
saudação um sim
Embora a boca aberta
seja ar sustenido.
Injusta seria uma
saudade de proveta
Aquinhoada nos
hemisférios duma gaveta
Onde se guardam
reminiscências do passado...
Que esse amigo
sorria, sempre enamorado
De si mesmo e das
conquistas que, ao seu lado,
Serão orquídeas
presentes do futuro antecipado!
De Ivan de Oliveira
Melo
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