sábado, 15 de abril de 2017

AURORA BOREAL

Ao romper da aurora, nasce um dia cinzento…

Nas brumas do amanhecer há o sol que aquece,
As névoas se espalham dentre nuvens e lamento

Que a chuva não caia sobre os tapetes do estresse
A fim de que nas varíolas da vida fuja o sentimento
Daninho que enferruja de tédio o que a natureza tece.

No calor que as horas trazem há também ressentimentos
Que não se apagam e ferem o que jamais se esquece
Perante os vendavais que cutucam em todos os momentos
Procelas enfermas e decaídas do joio que, apático, fenece!

Do trigo, retiram-se as esperanças sufocadas por tormentos,
Mas ainda profundamente precoces diante do que acontece
Nos labirintos alegóricos edificados por malsãs sofrimentos
Que fuzilam no espaço a realidade que tarda e rejuvenesce
Aquele sol que novamente ressurge e cicatriza ferimentos!


DE Ivan de Oliveira Melo



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