Silencia noite, cala teu brado unguento,
Silencia esta tua madrugada que desterra
Os sonhos impossíveis de rolar sobre a terra
E que são de maus agouros tais pensamentos!
Silencia os burburinhos dos casais afoitos
Que tecem do amor os bacanais das orgias...
Cala os sussurros das bocas e as melancolias
Que desnutrem da saudade os belos coitos!
Tapa a overdose de prazer que tapeia as horas
Para que se possa suspirar logo, sem demora,
A diamantina sensação do que o amor é capaz...
Trancafia do destino os falsos teares de carinho,
Porque a ternura e o tesão já edificam ninhos
Donde a derradeira lágrima é retrato de postais!
DE Ivan de Oliveira Melo
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