sexta-feira, 14 de abril de 2017

MORBIDEZ

Triste sangue meu que enterro na areia,

Plasma infecundo do panteísmo sombrio
Que, em noite de chuva e de tempo frio,
Soçobrou a morte sem fogo que incendeia.


Infante energia largada em solo movediço,
Substância tênue de sonhos adormecidos
Que faria vibrar corações deveras reunidos
Diante do amor que, apócrifo, virou feitiço.


Porção imberbe que parte nômade, anônima
E me abandona perante as terras heterônimas
Dum mundo onde ninguém conhece a morte…


É o trágico misturado aos reinos da natureza
Que, mesmo natureza, deforma sua grandeza
A fim de que o homem cicatrize o que for torpe!


DE Ivan de Oliveira Melo



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