Há momentos em que
me constranjo,
Não me reconheço,
não sei quem sou…
Há instantes em que
me estranho,
De estar em mim…
Sou-me desconhecido!
Há horas em que me
enclausuro
Para não me
enxergar… Esquisitice!
Como devo proceder,
então?
Não me identifico
em meu retrato!
Há minutos em que
busco uma fuga,
Talvez nas estâncias
metafísicas de mim,
Ou simplesmente
assassino meu sonho,
Pois não me vejo,
não me fito… Estou cego!
Há ocasiões em que
me perco no íntimo,
Meu idioma não me
compreende… Hieróglifos?
Não sei… Apenas
já não durmo madrugadas,
Nem sei a cor da luz
do dia… Serei sombra?
Não! Sou vulto de
uma inconsciência acéfala
E meus miolos são
átomos de engrenagem nula!
Portanto, sinto e
não sinto, vivo e não vivo…
Tão somente
sobrevive em mim um morto-vivo!
DE Ivan de Oliveira
Melo
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