Há terra muda e seca e deveras encardida Sob um sol que maltrata ninhos de gente, A temperatura baila no horizonte inclemente E transforma a existência em projeto de vida. Os dias não passam… apertam-se entre sóis E a noite encabulada se esconde dentre estrelas Muitas das quais já cadentes e, sem entendê-las, O homem sobrevive apático em torno dos nós Que enforcam madrugadas viciosas e analfabetas! Calor inescrupuloso ateia fogo às janelas abertas E o suor é a água nauseabunda que fecunda a dor! Chão gretado! Várzeas inóspitas! Deserto e alarido É o que se vê nos espaços em que o tempo bandido Metamorfoseia a odisseia do vexame isento de amor! DE Ivan de Oliveira Melo
domingo, 16 de abril de 2017
ESTIAGEM
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