Fortes
badaladas. Meia noite
em ponto.
Meu corpo estremece
pela extensa agonia
Do silêncio que
ensurdece a madrugada
fria
E a solidão
nefasta de fantasmas
em confronto.
Ventos
assobiam produzindo terrível
pânico
Fecundados
pelo piscar das
luzes gripadas,
No choro da
criança que desperta
lívida e atormentada
Tem-se o medo
desenvolvido por um
frenesi titânico.
Na neblina que
baila sobre nuvens
escuras
Desponta-se a fobia
que o desenho
depura
Diante do cintilar
de estrelas que
estão tristes...
Temperatura
que congela sonhos
ainda persistentes
De um orvalho
noturno em que
nada é transparente
E fecundam
devaneios de uma
realidade que não
existe!
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