Luizinho. Quinze anos.
Lindo menino!
Belíssimos olhos
azuis, corpo de
atleta.
Vivia angustiado,
sempre alerta,
Pois era
tratado com todos
os mimos.
Seus cabelos
loiros pareciam seda
E ele
os tratava com
bastante orgulho,
Mas sua
vida era pálida,
cheia de embrulhos,
Plena das
mais inconfessáveis facetas.
Um dia
despiu-se diante do
espelho,
Seu corpo
imberbe apresentava transformação
lenta,
Em sua
pele macia a
mão desgovernada enfrenta
Uma auto-carícia no
púbis branco e
vermelho.
Logo uma
intensa sensibilidade aflora
E ele
se vê envolto
em grande excitação,
Sua mão
nas órbitas faz
dançar num enorme
tesão
Um espesso
conteúdo que traz
o tremor da
aorta.
A outra
mão percorre o tórax
de veludo
Em que
pequenos mamilos estão
cheios de desejo,
Os dedos
apertam levemente essa
vitrine de lampejos
E da
boca escapam exóticos
delírios sobre o
corpo desnudo.
O baile
das mãos silencia
o agitado coração
E no
auge do prazer
ouve-se um último
gemido,
A massa
branca que navega
até o encantador
umbigo
É o
produto que enobrece
singular sensação.
Breve sorriso
delata na alegria
a auto-afeição
E o
espelho fotografa nádegas
perfeitas,
Um banho
revigora as energias
desfeitas,
Mas as
horas retomam uma
rotina carente de
emoção.
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