A vida me
condiciona a amar
intempestivamente,
Mas em meu
coração há razões
que a própria
razão desconhece,
É fogo cruzado
em linha de
batalha que produz
estresse
Num campo bélico
onde saudade e
solidão se misturam
incessantemente.
O tempo é
vitrine de uma
guerra que começa
e não tem
fim
E deixa ao
controle da loucura
uma sensualidade desinibida,
Chovem
torturas e anseios
sobre a maquete
de uma alma
espavorida
Que enferma pela
indiferença de uma
sensibilidade que não é
mais afim...
Pelos vales enlameados
de sangue a
morte faz morada
E os vermes
se nutrem de
uma carne amorfa
e sem cor,
Roem até a última centelha
o corpo que
desconheceu o amor
E o vento
que sopra traz
a areia que
cobre os restos
da ossada.
Os fios de
cabelos sobrevivem às
intempéries da natureza
E os ideais
são levados sem
destino pelo desvario
da correnteza!
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