Ciclones 
varrem  minhas  lembranças
Deixando  a  memória 
vazia  e  oca,
Fel  que  é 
cadeado  em  minha 
boca
Impede  meu  grito 
de  socorro  à 
esperança.
Nuvens  negras  desfilam 
afoitas  no  ar
Carregadas  pela  hidroterapia 
do  tempo,
Desabam  sobre  meus 
sentimentos
Que  dormem  enfraquecidos 
mergulhados  no  mar.
Pesadelos  sem  imagens 
agridem  meus  ouvidos
Na  ressaca  nefasta 
que  me  põe 
reprimido
Perante  vagas  que 
nutrem  sonhos  inodoros...
Em  meio  à 
tormenta  a  lua 
surge  discreta,
Seu  brilho  dissipa 
as  trevas  e 
me  desperta
Do  sono  vadio 
que  se  extingue 
pelos  meus  poros!
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