domingo, 17 de março de 2013

Atmosfera Rebelde



Ciclones  varrem  minhas  lembranças
Deixando  a  memória  vazia  e  oca,
Fel  que  é  cadeado  em  minha  boca
Impede  meu  grito  de  socorro  à  esperança.

Nuvens  negras  desfilam  afoitas  no  ar
Carregadas  pela  hidroterapia  do  tempo,
Desabam  sobre  meus  sentimentos
Que  dormem  enfraquecidos  mergulhados  no  mar.

Pesadelos  sem  imagens  agridem  meus  ouvidos
Na  ressaca  nefasta  que  me  põe  reprimido
Perante  vagas  que  nutrem  sonhos  inodoros...

Em  meio  à  tormenta  a  lua  surge  discreta,
Seu  brilho  dissipa  as  trevas  e  me  desperta
Do  sono  vadio  que  se  extingue  pelos  meus  poros!

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