Faz tempo que
a vida
Deixou de ser
uma constante,
Ou... talvez nunca
tenha sido...
A
inconstância é o
retrato
Mais peculiar de
nossa era,
Por isso nunca
dou
Um ponto final
em minhas elucubrações...
Por quê? Porque
tudo muda
Inesperadamente
de um momento
Para outro... O
que é agora,
Não é depois,
ou o contrário.
Sempre faço uso
das reticências,
Dos dois pontos,
de uma interrogação,
De uma exclamação...
Não sei o
que virá por
trás disso.
A vida está
repleta de surpresas,
De
especulações, de disse-não-disse...
Tudo é uma
questão de novidades!
Resguardar-se
é conveniência adequada.
Ninguém de sã
consciência
Deve afirmar de
peito aberto:
Deste pão não
comerei!
Desta água não
beberei!
É santa ingenuidade...
E, como não
quero
Ser pego de
repente pelo inesperado...
Ponto final para
mim é uma
aberração.
Como ficaria depois
minha palavra?
Poluída... desacreditada... no
ócio...
Ponto final só
tem um: a
morte!
Bem, para isso
não há jeito
mesmo!
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