Que uma lágrima
Caísse em seu
rosto,
Pois estava vazio
Um coração que
a amava...
Possuída por grande
compaixão,
A solidão confortou-a
Em seu regaço,
Mas não resistindo
à emoção,
Também ficou
Com a face
umedecida...
A saudade, em
sinal de gratidão,
Secou sua fisionomia
triste...
Ambas empreenderam
Uma longa jornada...
Visitaram a ternura
E, as três
consorciadas,
Prantearam as mazelas
do mundo...
Choraram as barbáries
da vida
E tiveram o
apoio do carinho
Que, de tão
abandonado,
Dormia sobre a
vacância
Dos
sentimentos que expressam
A beleza irretocável
do universo...
A humildade ligou
para o éter
E tentou localizar
a esperança
Que caminhava a
passos lentos
Pelos planos arenosos
da imaginação...
Perante os degraus
Que regem o ir e
vir dos
sentimentos
Surge um cavalheiro distribuindo
Cortesia aos desamparados...
Era alto, atraente
e conquistador...
Debruçou-se
sobre as intempéries
E convidou todos
a orarem
Pelas
metamorfoses constantes
Com que a
existência se depara...
Só depois se
compreendeu
A essência sublime
Que transforma,
Que alimenta a
alma,
Que traz o
bem maior...
Este senhor tão
mal usado,
Tão mal entendido
É inimigo da
dor...
Ele sempre depura
E fomenta calor...
Este senhor...
bem...
Este senhor é
o amor!
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