Punhado  de  flores,
Todas 
colhidas  com  uma 
mão,
É  que  as 
flores  do  lado 
de  lá
Estavam  na  contramão...
Tive  de  rodear 
o  canteiro
E  cruzar  com 
cuidado  a  pista,
Mas  no  término 
do  caminhar
As   flores  pareciam 
distante...
Uma  voz  dentro 
de  mim  dizia:
Siga  em  frente, 
não  desista...
E  eu  caminhava 
que  caminhava,
As  flores  cada 
vez  mais  longe
E  a  voz 
dentro  de  mim 
suplicava:
Insista! 
Invista!  Você  conquista...
Percorria 
quilômetros  e  quilômetros,
Porém,  nada!  Distância 
enorme!
Mais  uma  vez 
a  voz  rogava, 
aflita:
Não  pare,  não 
as  perca  de 
vista...
Andei  que  andei... 
A  exaustão  me 
dominou...
Já  não  havia 
mais  flores,  tudo 
mudara  de  repente
E  foi  então 
que  percebi... não  me 
havia  saído  do 
lugar!
Compreendi... 
Fora  tudo  ilusão!
E  as  flores 
que  colhera  antes?
Ah...  murcharam!
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