Eita correria do
diabo!
Gente
alvoroçada a gritar
estabanada
Pelas esquinas da
madrugada festiva...
Parecia um bailado
de huguenotes
A lançar ao
chão as pontas
dos chicotes
Em reverência às
madonas e chiquitas...
Algazarra se dissipou
pelos fundos da
cidade,
Sem sono desci
pelas escadas da
curiosidade
E encontrei um
bonito chapéu abandonado...
Era feminino aquele
adorno requintado,
Nele descobri uns
fiapos de cabelos
aloirados
E um aroma
que me encheu
de ardor...
No dia seguinte
pendurei o objeto
à janela,
Era
necessário desvendar do
chapéu a cinderela
Que causava a
mim uma taquicardia
de amor...
Nunca me apareceu
ninguém a reclamar,
Com a dona
do chapéu até
hoje estou a
sonhar
Imaginando
desejos e beijos
em devaneios de
dor!
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