quinta-feira, 28 de março de 2013

Seara de dor



A  natureza  seca  a  terra
Donde  mais  nada  se  tira,
Até  lama  vira  argila
Na  overdose  da  atmosfera.

Diante  do  pranto  insalubre  do  sertanejo
A  caatinga  impiedosa  deflora
Restos  de  vidas  que  o  céu  leva  embora
No  mais  gretado  e  lúgubre  cortejo.

O  solo  ingrato  graceja  da  existência
E  sobre  carcaças  de  animais  abutres  adormecem,
Sob  o  sol  inclemente  criaturas ainda  agradecem
Pelo  sopro  do  viver  que  alimenta  a    da  inocência...

Neste  deserto  árido  o  poder  pode  pôr  suas  luvas
E  dissipar  para  sempre  o  tormento  pela  falta  de  chuva!

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