A natureza seca
a terra
Donde mais nada
se tira,
Até lama vira
argila
Na overdose da
atmosfera.
Diante do pranto
insalubre do sertanejo
A caatinga impiedosa
deflora
Restos de vidas
que o céu
leva embora
No mais gretado
e lúgubre cortejo.
O solo ingrato
graceja da existência
E sobre carcaças
de animais abutres
adormecem,
Sob o sol
inclemente criaturas ainda agradecem
Pelo sopro do
viver que alimenta
a fé da
inocência...
Neste deserto árido
o poder pode
pôr suas luvas
E dissipar para
sempre o tormento
pela falta de
chuva!
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