A  estrada  parece-me 
infinita,
O  desespero  é 
melodia  em  meu 
abandono,
Não  sente  esperança 
minha  alma  aflita
Embora  fiel  haja 
sido  por  tantos 
anos...
Desamparado... 
arrasto-me  na  correnteza 
da  ingratidão,
Percebo  meu  lar 
se  destruindo  e 
tudo... todos  na rua...
Esqueceste  de  mim, 
Ó  Pai?  Chorando  digo: 
minha  vida  é  tua
E  se  nada 
mais  me  resta 
parto  em  tua 
direção.
Desempregado 
e  violentado  pelo 
preconceito,
Sou  vítima  da 
idade  que  me 
faz  prisioneiro
E  da  mendicância 
que  bate  afoita 
em  minha  porta...
Não  me  deixarei 
assistir  ao  derrame 
do  despejo,
A  honra  de 
minha  dignidade  é 
meu  último  desejo
E  em  ti, Senhor, 
debruçar-me-ei  em  tua 
aorta!
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