terça-feira, 11 de junho de 2013

Tágides do Tempo



Silvam  os  ventos  na  tempestade  rabugenta,
Vem  grande  alvoroço  e o  mundo  se  cala,
Flerte  da  natureza  com  o  que  a  atmosfera  enfrenta
Na  apoteose  sinistra  de  um  terror  de  gala.

Substantiva  enxurrada  causa  preciosos  danos
Destroçando  quimeras  que  o  tempo  consagrou,
Vales  e  cerrados  ciciam  ousados  e  soberanos
Levando  às  colinas  o  tombadilho  úmido  da  dor.

Areia  e  água  se  misturam  na  seara  carcomida
Aprisionando  no  dilúvio  os  semideuses  da  postiça  vida
Em  cujo  cárcere  chorarão  as  lágrimas  da  agonia...

Nas  estradas  um  novo  verde    de  colorir  os  campos
E  nas  noites  de  serenata  haverá  a  luz  dos  pirilampos
Anunciando  no  alvorecer  que  não  se  pode  viver  de  fantasia!

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