Silvam os ventos
na tempestade rabugenta,
Vem grande alvoroço
e o mundo se
cala,
Flerte da natureza
com o que
a atmosfera enfrenta
Na apoteose sinistra
de um terror
de gala.
Substantiva
enxurrada causa preciosos
danos
Destroçando
quimeras que o
tempo consagrou,
Vales e cerrados
ciciam ousados e
soberanos
Levando às colinas
o tombadilho úmido
da dor.
Areia e água
se misturam na
seara carcomida
Aprisionando
no dilúvio os
semideuses da postiça
vida
Em cujo cárcere
chorarão as lágrimas
da agonia...
Nas estradas um
novo verde há
de colorir os
campos
E nas noites
de serenata haverá
a luz dos
pirilampos
Anunciando no alvorecer
que não se
pode viver de
fantasia!
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