quinta-feira, 13 de junho de 2013

Pandora



Meu  filho  estende-te  magnífico  tapete...
Fala,  Diva!  Expõe-te  a  mim  Pandora!
Dize-me  com  tua  sapiência  somente  agora
Se  o  que  sente  meu  rebento  é  paixão  ou  cacoete...

Ele  quer  imitar-te,  ter  teus  dons,
Camuflar  numa  caixa  profundo  ardor
E,  um  da,  ao  abri-la,  desvendar  o  amor
Para  cantar-te  melodias  em  todos  os  tons...

Vejo-o  inebriado  ao  prolatar  teu  nome,
Afirma  que  é  o  único  carnal  a  ser  teu  homem
E  que  o  Parnaso    lhe  abriu  as  portas...

Recebe-o,  divina  deusa!  Oferta-lhe  teu  regaço
E  nas  estradas  da  sensibilidade  dar-lhe  o  laço
Que  o  prenderá  a  ti  em  tua  sensualidade  gótica!

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