quinta-feira, 20 de junho de 2013

Golpe de Mestre


Um  lúgubre  desencanto  faz  surgir  a  tristeza

Num  vendaval  de  aflições  que  nocauteia  o  espírito  sereno,

Na  estrada  escorregadia  vomita-se  o  acetileno

Que  no  íntimo  devora  sinalizações  de  beleza.

 

Recauchutar  no  âmago  embriões  é  estéril  violência,

Melhor  deixar  fenecer  em  definitivo  os  fetos  da  melancolia

E  permitir  que  nasçam  da  esperança  o  sêmen  da  terapia

Numa  edificação  majestosa  dos  ímpetos  da  consciência.

 

A  poeira  astral  contaminada  dissolve-se  em  descarga

E  fluidos  novos  isentos  da  peçonha  da  atmosfera  amarga

Atapetam  o  ambiente  com  o  perfume  floral  da  concórdia...

 

A  desilusão  ao  receber  esse  golpe  letal  que  é  de  mestre

Torna-se  desnuda  perante  o  incêndio  moral  de  sua  veste

E  num  campo  infinitesimal  de  alegria  canta-se  a  vitória!  

 

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