Um  lúgubre  desencanto 
faz  surgir  a 
tristeza
Num  vendaval  de 
aflições  que  nocauteia 
o  espírito  sereno,
Na  estrada  escorregadia 
vomita-se  o  acetileno
Que  no  íntimo 
devora  sinalizações  de 
beleza.
Recauchutar 
no  âmago  embriões 
é  estéril  violência,
Melhor  deixar  fenecer 
em  definitivo  os 
fetos  da  melancolia
E  permitir  que 
nasçam  da  esperança 
o  sêmen  da 
terapia
Numa 
edificação  majestosa  dos 
ímpetos  da  consciência.
A  poeira  astral 
contaminada  dissolve-se  em 
descarga
E  fluidos  novos 
isentos  da  peçonha 
da  atmosfera  amarga
Atapetam  o  ambiente 
com  o  perfume 
floral  da  concórdia...
A  desilusão  ao 
receber  esse  golpe 
letal  que  é 
de  mestre
Torna-se 
desnuda  perante  o 
incêndio  moral  de 
sua  veste
E  num  campo 
infinitesimal  de  alegria 
canta-se  a  vitória!  
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