domingo, 8 de maio de 2016

ALGARISMOS

Sou um açude de águas barrentas
Em desertos campos de primavera,
Flores murchas enfeitam as taperas
Num tempo de calor: oito ou oitenta!

Montes secos e poeira que se move
Infestando o espaço na forte ventania,
Fuligem discreta lapida tênue fantasia
Qual preço de etiqueta: noventa e nove!

No intenso calor o suor é bailado afoito
Que escreve sobre a areia oitenta e oito,
Mas que poderia ser qualquer número...

Os dias e noites são cúmplices tão fiéis...
Na essência da geografia tudo vale dez
Perante os problemas que são inúmeros!


DE  Ivan de Oliveira Melo



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