quinta-feira, 12 de maio de 2016

DELÍQUIOS

As lágrimas em meu rosto
Têm um sabor que apetece,
De gota em gota... é oposto
Que fere e me rejuvenesce.

Há uma vergonha embutida
Em meu jeito carente de ser,
Lágrimas que são rios e lida,
Imensas cachoeiras do prazer.

Às vezes as lágrimas sangram
E me doem febris as pálpebras
Que abrem e fecham indecisas...

Nos prantos que se consagram
As dores são contas e álgebras
Que precisam do vento, brisas!


DE Ivan de Oliveira Melo

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