sexta-feira, 27 de maio de 2016

PROGRESSO

Hoje, como ontem, nada está perdido,
Dentre a lavoura das palavras há pincel
E, com ele, pinto cada cantinho do céu
E do silêncio das trevas pinto o alarido.

No perfil das sombras dor é como amor,
Há um holocausto que bronzeia a derme,
Há uma enxurrada que nocauteia vermes
E o mundo se fragmenta para se recompor.

Desabrocha-se a vida lenta em cada etapa
E os embriões malditos é isso que se capa
Para que refloresça o arco-íris da concórdia!

Hoje, como amanhã, tudo é ortodoxo, plaina
Sobre uma plataforma de sabedoria e é faina
Do progresso que geme e clama misericórdia!


DE Ivan de Oliveira Melo

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