domingo, 1 de maio de 2016

MIL

Sou mil...
Novecentos e noventa e nove
Não me interessam,
Pois fica faltando um ponto...

Sou mil...
Às vezes penso em um milhão,
Contudo ninguém é assim
Tão cabeludo...

Há muitos carecas pelo
Meio do mundo...
E a calvície é tanta
Que o saber se esbugalha...

Sou mil...
Há muitos mil como eu
E o intercâmbio não é perene,
Porque muitos descem a oitocentos...

Sou mil...
Ah... Quero subir,
Ser diferente dos outros,
Ninguém é igual mesmo...

Hum... Nem carecas são idênticos,
Muitos lutam por patamar mais alto,
Outras se contentam com o que têm,
Acham que devem ser humildes...

Sou mil...
Humildade não é o caso,
Nem tão pouco orgulho.
Sempre se deve pensar alto...

Sou mil...
Mas cuidado para não cair,
Pensa-se elevado, pés no chão.
Os que se acovardam... Nem sei!

Sou mil...
A covardia é instrumento da preguiça,
A existência é linear, crescer é meta,
Mas meta sem ambição, sem egoísmo...

Crescer para buscar vida melhor.
Ah... Se todos fossem mil como eu
Certamente haveria mais qualidade,
Pois de quantidade está tudo lotado!

Sou mil...


DE  Ivan de Oliveira Melo

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