quinta-feira, 26 de maio de 2016

PASSO A PASSO...

Nasci para cutucar a solidão
E dar à saudade uma anatomia,
Contudo o pó da terra é distonia
E me vi como um trem sem vagão.

Como criança trabalhei brincadeiras
Que se fizeram adultas e inexperientes,
Todavia criei álibis e fui tão incipiente
Que me envolvi em minhas asneiras.

Cheguei a ser adolescente meio político,
Pois trapaceava para sempre ser o melhor,
Entretanto a vida surrou-me, fui o pior...
Tenente depressão me abalou o psíquico!

Adentrei na fase madura ainda meio pirata,
Não obstante passei ser atrevido astronauta
E aprendi do sobejo alheio a ser indivíduo!

Assim a vida se edificou em mim... Sou gente!
No entanto ultrapassei tudo o que vi na frente
E deixei no lixo todo o lodo que não presta...

Envelheci. Madureza me fez alguém sabedor
Que do mundo o que importa é ser fiel e amor,
Escrever sobre os mistérios do que é ser poeta!


DE  Ivan de Oliveira Melo

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