segunda-feira, 16 de maio de 2016

DESTERRO

Ando a vagar por estradas a fora,
Tão só e tão deserdado da sorte...
Caminho que caminho rumo norte
Deixando para trás o que é agora.

Corro descalço sobre os espinhos
E o sangue jorra na ferida aberta,
Solitário que sobrevive em alerta
E nunca aprendeu a viver sozinho...

Sigo cabisbaixo e sei que é destino
Trotar pelo mundo sem ser arrimo,
Convalescendo entre areial e trigo...

Debaixo de sol e chuva lá estou eu
Desterrado perante o dia que morreu
E a noite que dorme e acorda comigo!


DE  Ivan de Oliveira Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.