segunda-feira, 16 de maio de 2016

CHÃO DE FLORES

Choro lamentações
Nas violas da primavera
E uma saudade fugaz
É o alimento dos meus sonhos.

Loucamente pranteando
Desovo recordações de outrora
E me jogo dentro da horas inúteis
Colecionando flores brancas...

Reparto as pétalas entre os extremos
Que me jogam à toa pelos canteiros
E mesmo diante de folhas mortas
Respiro vida em abundância...

Minha alma está vazia de solidão,
Apenas triste perante dias loucos
Que tramam soluços desvairados
E pálido fico a espionar-me em mim...

Meus lábios balbuciam palavras de amor
E treme ao vislumbrar quão é esplendor
O oásis que se descortina no deserto íntimo
Tão sufocado a colher flores caídas na chão!


DE Ivan de Oliveira Melo

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