Bebei da lágrima
que lubrifica vosso olhar,
Não deixeis que ela
role pelo asfalto úmido,
Ela pode resfriar-se
e vossas pálpebras secarão
Perante as turbinas
sem hélices do avião sem asas.
Tende todos os
cuidados para não adoecerdes,
Sede paciente com
vossas limitações e buscai
No santuário das
alquimias humanas o antídoto
Que rejuvenesce as
preocupações sanatórias das horas..
Lançai vossas mãos
para o alto esperai da estrela-guia
O brilho que será o
advento das novas e suaves alegrias,
Porque na relva do
mundo a seca definhou todo o verde
E nem a chuva trará
de volta o orvalho que adormecera.
Resisti aos impulsos
da covardia que impera no orbe,
Pois a desconfiança
não saneou a pureza que cai lépida
E todas as
convenções humanas estão sinuosas diante
Das almofadas que
acariciam as cacholas mal dormidas.
Vivei essencialmente
à espera da redenção que chegará
Inescrupulosamente e
sem consultar os anfitriões da lei,
Porquanto a beleza
obtemperou a razão e lhe deu liberdade
Para aconchegar-se
aos desígnios infinitos da saudade…
Pensai em quanto
tempo as lamparinas ficarão ainda acesas
Visto que o céu
estará escuro e dias e noites serão um só!
DE Ivan de Oliveira
Melo
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