Hei de amar
esta noite
O silêncio que
verte lágrimas alhures,
O vento que
sopra desde as
altitudes
E deixa recados
no sinistro dos
açoites.
Hei de amar
a madrugada,
Permitir meu pranto
escorrer pela face
triste,
Soluçar
diante da maldade
que insiste
Em afugentar de
mim o brilho
da alvorada.
Hei de gritar
contra as tragédias
do mundo,
Em meu choro
chorar o que
há de mais
fundo
E ceder meu
íntimo como um
ombro amigo...
Hei de sentir
por pura telepatia
a dor alheia,
Oferecer pelo sangue
que corre atônito em
minhas veias
A comunhão fraterna
do amor que
chora junto comigo!