Lá  vou  eu
Desbravando 
novos  rumos
Deixando  para  trás
Enfeitiçados  anais
De  horizontes  nulos
Que 
demarcaram  minha  história...
Pelas 
estradas  afora
Minha  memória  é 
lembrança
Do  meu  sertão 
interior...
E,  agora,  por 
onde  vou
Tento  catar  restos 
de  esperança,
Banir  do  caminho 
percepções  ilusórias...
No  passado  ficam 
cinzas
Do  que  foi 
meu  eu,
Pretérito  que  se 
tornou  museu
De  uma  existência 
alquebrada  e  finda
Edificada  nos  degraus 
das  sensações  acessórias...
Um  novo  sol 
permeia  meu  destino,
Alevanto-me 
sob  a  égide 
do  vencer
E  mesmo  perseguido 
por  fantasmas  do 
prazer
Já  não  sou 
aquele  fanfarrão  menino
Que  se  permita 
levar  por  uma 
vida  inglória...
Adormeço 
ciente  de  que 
a  lua  é 
meu  despertar
E  que  sonhos 
novos  embalam  meu 
porvir,
Do  presente  para 
o  futuro  estou 
a  partir
Sazonado  por  águas 
cristalinas  do  azul 
do  mar
A  fim  de 
poder  cantar  as 
estrofes  de  minha 
vitória!
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