sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Dia de Rotina



Madrugada.  O  galo  canta.
Corpos  dormem  ao  relento,
Corpos  dormem  em  conforto,
Corpos  trabalham  no  intento
De  custear  o  pão  de  cada  dia...
Amanhece  em  silêncio...
O  orvalho  é  a  lágrima  do  despertar,
Logo  o  burburinho  vai  enfeitar
O  corre-corre  nas  conduções
E  crianças  ainda  sonolentas
Bocejam  com  os  corações  vazios...
Com  as  mochilas  penduradas  às  costas
Partem  para  cumprirem  o  desafio
De  todas  as  manhãs...
A  cidade  ferve...
Trânsito  engarrafado,
Indivíduos  caminham  apressados
Para  a  labuta  que  os  sustenta
E  os  ponteiros  dos  relógios  voam...
Do  horizonte  vem  o  brilho  do  sol
Que  bronzeia  faces  de  todas  as  cores
E  traz  no  calor  intensos  odores
Dos  que  suam  no  vaivém...
Com  o  eclipsar  da  tarde
Desponta  o  rútilo  farol
E  a  noite  agitada  acalenta
O  retorno  dos  homens  aos  lares
Para  o  diálogo  em  família,
Para  concretizarem  a  partilha
Das  ocorrências  do  dia  findo...
A  madrugada  novamente  se  avizinha
E  o  sono  chega  capenga
Trazendo  sonhos  promissores
Para  o  viver  de  uma  nova  alvorada...

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