domingo, 13 de janeiro de 2013

Bate, coração...



De  novo  a  chuva  cai,
Meus  pés  ficam  presos  na  lama,
Uma  saudade  me  corrói  e  me  inflama
A  gritar  na  solidão  que  não  se  esvai...

No  silêncio  tétrico  que  amedronta
O  medo  não  é  opção,  é  nó...
Fobia  de  percorrer  a  estrada 
Na  poeira  que  me  encobre  de  ponta  a  ponta...

As  flores  do  caminho  parecem  murchas
E  nem  a  água  do  olhar  que  é  ducha
Fertiliza  o  solo  árido  deveras  abandonado...

Deserto  inóspito  e  parceiro  da  dor
Que  me  deixou  ao  relento  sedento  de  amor
Sepultando  na  cova  rasa  meu  coração dilacerado!

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