De  novo  a 
chuva  cai,
Meus  pés  ficam 
presos  na  lama,
Uma  saudade  me 
corrói  e  me 
inflama
A  gritar  na 
solidão  que  não 
se  esvai...
No  silêncio  tétrico 
que  amedronta
O  medo  não 
é  opção,  é 
nó...
Fobia  de  percorrer 
a  estrada  só
Na  poeira  que 
me  encobre  de 
ponta  a  ponta...
As  flores  do 
caminho  parecem  murchas
E  nem  a 
água  do  olhar 
que  é  ducha
Fertiliza  o  solo 
árido  deveras  abandonado...
Deserto 
inóspito  e  parceiro 
da  dor
Que  me  deixou 
ao  relento  sedento 
de  amor
Sepultando  na  cova 
rasa  meu  coração dilacerado!
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