sábado, 19 de janeiro de 2013

Força Fluvial



As  palavras  bóiam  nos  rios  de  minha  vida,
Meus  anzóis  as  fisgam  para  eu  descrever
As  tessituras  emotivas  que  assanham  meu  prazer
E  que  fazem  de  minhas  sensações  caricaturas  definitivas.

Vez  por  outra  uma  consoante  escorrega  na  plataforma,
Mas    sempre  uma  vogal  que  lhe    seguro  apoio,
São  nesses  instantes  que  devo  separar  o  trigo  do  joio
A  fim  de  que  minha  mensagem  seja  aquilo  que  informa.

Não  preciso  embarcar  nas  tensões  do  sentido  semântico,
Em  linguagem  figurada  ou  não  meus  versos são  cânticos
Que  levam  os  vocábulos  a  traduzirem  estados  d’alma...

Assim  na  plácida  correnteza  as  águas  do  pensamento
Correm  livres  para  desbotarem  em  meu  sentimento
A  pororoca  dos  extremos  onde  os  paliativos  deságuam!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.