domingo, 13 de janeiro de 2013

Canto de Glória



  vou  eu
Desbravando  novos  rumos
Deixando  para  trás
Enfeitiçados  anais
De  horizontes  nulos
Que  demarcaram  minha  história...

Pelas  estradas  afora
Minha  memória  é  lembrança
Do  meu  sertão  interior...
E,  agora,  por  onde  vou
Tento  catar  restos  de  esperança,
Banir  do  caminho  percepções  ilusórias...

No  passado  ficam  cinzas
Do  que  foi  meu  eu,
Pretérito  que  se  tornou  museu
De  uma  existência  alquebrada  e  finda
Edificada  nos  degraus  das  sensações  acessórias...

Um  novo  sol  permeia  meu  destino,
Alevanto-me  sob  a  égide  do  vencer
E  mesmo  perseguido  por  fantasmas  do  prazer
  não  sou  aquele  fanfarrão  menino
Que  se  permita  levar  por  uma  vida  inglória...

Adormeço  ciente  de  que  a  lua  é  meu  despertar
E  que  sonhos  novos  embalam  meu  porvir,
Do  presente  para  o  futuro  estou  a  partir
Sazonado  por  águas  cristalinas  do  azul  do  mar
A  fim  de  poder  cantar  as  estrofes  de  minha  vitória!

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