Eu sou reflexo do mundo,
Meu silêncio é
indiscreto,
Meu pensar é deveras
opaco,
É falta de luz nos
hemisférios
Que direcionam meus
passos.
Minha pluralidade é
singular,
Meu tempo corre
irregular
Entre as cavernas do meu
eu
Tão mágico e um tanto
irreal
Diante das máscaras
sociais...
Vivo num êxtase que
blasfema
Em derredor da
inspiração nua
Que se eleva nas
planícies rasas
Da areia negra que é
penumbra
Duma vida cinzenta e sem
teor...
O dom que se manifesta é
livre,
Alimenta-se do trivial
cotidiano
Que demarca razões dum
pensar
Que atravessa as trilhas
do ócio
E toma de morada ilusões
frias...
As bocas se calam e são
surreais,
O pensamento assimila a
hipocrisia
E derrama sobre toalhas
virgens
Uma peçonha sem efeitos
danosos...
Reside em mim um amuleto
incolor!
DE Ivan de Oliveira Melo
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