quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

MEIO TERMO

Sinto a eternidade num só minuto
Como percebo mil anos num segundo,
Nada é absoluto em meio à relatividade
Dum tempo que é deveras prostituto...

Quando a cabeça roda sente-se tontura,
O mundo gira que gira e não há rastros
Que possam medir tudo o que foi gasto,
Apenas as epopeias da vida, as loucuras...

Minha mente é relógio íntimo embutido,
As horas são trapaças do ser empedernido
Em cuja ótica a existência vilipendia...

Passado e futuro – extremos antagônicos
Do presente que é um meio termo distônico  
Em que se exercita uma impúbere alforria!


DE  Ivan de Oliveira Melo 

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