A vida
tomou-me as mãos, fez-me compêndio
De aventuras e
desventuras, sal a mais e a menos,
Deu-me ao
paladar a matemática dos cossenos
E a meu olfato
propiciou terremotos e incêndio.
Em torno de
mim descreveu todas as tangentes
Que ciciam as
guerras no relampejo das revoltas,
Sejam os
signos e as palavras minhas escoltas
A fim de guardar-me
do assédio dos indecentes.
A vida
tomou-me a vida, escreveu suas histórias
E me adicionou
congruências assaz peremptórias
Que fazem do
tempo anistia para desavergonhados...
A vida
segredou-me o degelo do ópio e das traições
Que em
constante vanguarda estiola nobres corações
E me deixou
absinto... livre, solteiro em meu roçado!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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