Caíram do caule pétalas e flores feridas
Narcotizadas pela ferrugem do tempo,
Eis um ciclo em que nada parece isento
Do marca-passo que veste horas despidas.
Dos galhos as folhas mergulham no solo
E navegam distâncias levadas pelos ventos
Que sopram gases sujos e teores cinzentos
Numa superfície híbrida onde habita o dolo.
A vida é enfermaria duma atmosfera doente
Que agoniza perante a saúde das sementes
Já modificadas pela transgênica ação humana...
A corrente de ar que circula indefesa nos sóis
Invadiu a contramão e uma ópera sobre nós
Toca a marcha fúnebre da vida que virou lama!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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