Sem caráter,
sem personalidade, sem nome...
Indivíduo
adversativo da realidade, indigente
Sonegado
por uma sociedade que não o vê gente,
Por isso
sempre identificado por um pronome.
Pessoa
eternamente invisível perante semelhantes,
Rastejante
duma sobrevivência que lhe é ingrata,
Morto-vivo
que come sobejos aos pés das escadas
E bebe
da indecência humana pejorativos e consoantes.
Criatura
que perambula sem destino, como irracional,
Seu direito
à dignidade é a moeda e a cachaça
Que inebriam
sentimentos e o faz exemplo de desgraça...
Vergonhoso
paradigma que sacia e fotografa o mal
Antegozando
o bem e o enfurnando em catacumbas
A fim
de que o que for nocivo possa dançar a rumba!
DE
Ivan de Oliveira Melo
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