Os
cães ladram nas noites bastardas
Semeando
peripécias de intelectuais
Que
curtem luas e secretos vendavais
Debaixo
da sombra de luzes amargas.
Os
gatos ronronam tímidos e carentes
Silenciando
o dia nas horas argênteas
Que
demarcam fímbrias homogêneas
Que
tossem perante ritmos adjacentes.
Os
pássaros chilreiam canções góticas
Diante
da apoteose da música secular
Que
invade os tímpanos e vem cutucar
A
eloquência das palavras anedóticas.
O
mar joga suas vagas na areia úmida
Que
vestem as pedras de belas túnicas!
DE
Ivan de Oliveira Melo
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