domingo, 6 de dezembro de 2015

QUIETUDE

Os cães ladram nas noites bastardas
Semeando peripécias de intelectuais
Que curtem luas e secretos vendavais
Debaixo da sombra de luzes amargas.

Os gatos ronronam tímidos e carentes
Silenciando o dia nas horas argênteas
Que demarcam fímbrias homogêneas
Que tossem perante ritmos adjacentes.

Os pássaros chilreiam canções góticas
Diante da apoteose da música secular
Que invade os tímpanos e vem cutucar
A eloquência das palavras anedóticas.

O mar joga suas vagas na areia úmida
Que vestem as pedras de belas túnicas!



DE Ivan de Oliveira Melo

  

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