Um  mar  bravio 
dentro  de  mim 
transborda
E  me  leva 
a  percorrer  milhas 
de  um  oceano 
virgem,
Há 
torvelinhos  intempestivos  que 
me  afligem
E  meu  coração 
em  pânico  aterroriza 
minha  aorta.
Enormes  vagas  se 
quebram  nas  águas 
revoltas
E  caravelas  balouçam 
indiferentes  ao  perigo,
Gigantescas  procelas 
carregam  suntuosos  sigilos
Que  alimentam  a 
volúpia  mágica  das 
gaivotas.
Não  há  litoral 
onde  se  possa 
camuflar  a  dor,
Os 
sentimentos  se  constrangem 
maculando  o  amor
Que  se  afoga 
asfixiado  bem  distante 
da  costa...
Em  ressaca  perante 
o  turbilhão  da 
intensa  agonia,
Ventos 
naufragam  pensamentos  eivados 
de  nostalgia
E  deixam  solidão 
e  saudade  perdidas 
nas  encostas!
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