terça-feira, 4 de setembro de 2012

Rotina


Minha  rotina  assemelha-se  a  um  pirilampo:
Acende  e  apaga... acende  e  apaga...  acende  e  apaga...
Em  brevíssimos  intervalos  penso  nas  migalhas
Que  o  tempo  concede  para  livrar-me  dos  desencantos.

No  “status-quo”  em  que  o  social  hiberna
  uma  avalanche  de  folhas  que  o  vento  sopra
E  mesmo  que  o  verde  seja  um  retrato  de  outrora
Ainda    quem  adormeça  à  espera  da  vida  eterna.

As  horas  consomem  em  crediário  os  minutos
E  quando    gritos  que  parecem  insultos
A  rotina  se  mantém  estéril  perante  sua  doutrina...

  vales  secos  e  cerrados  dantescos  e  úmidos
Em  que  a  brisa  trata  com  carinho  o  húmus
Donde  se  extrai  o  pólen  de  uma  sensibilidade  híbrida!

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