sábado, 22 de setembro de 2012

Destino de uma rosa



O  vento  soprou  muito  forte,
Linda  rosa  despencou  de  seu  galho
E  foi  arrastada  pela  correnteza  aérea,
Tropeçando  aqui...  Tropeçando  acolá!
Suas  pétalas  iam  ficando  pelo  caminho
Enfeitando  a  passarela  de  uma  poeira  nevoenta
Que  carregava  consigo  os  miasmas  do  tempo...
E  a  rosa  tropeçava... Tropeçava  e  chorava
Inundando  as  horas  dum  orvalhar  de  lágrimas
Que  provocava  na  natureza  uma  compaixão  desmedida
Atenuada  pela  luz  do sol  que  secava  as  mazelas...
E  a  rosa  ainda  tropeçava... Tropeçava  e  gritava,
Suplicava  à  brisa  que  a  deixasse  em  paz,
Mas  os  minutos  corriam  céleres,  apressados
E  a  flor  se  desfez,  a  haste  ficara  careca...
  não  havia  pétalas  e  seu  perfume  fora  inoculado
Pelos  desvairados  segundos  de  um  relógio  sem  ponteiros...

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