Apresento-vos algo
que é blasfêmia:
a ingratidão!
Sois vós
reverenciados por vossos
beneplácitos?
Deveis reconhecer
primeiramente os valores
de outrem...
Mergulhais nas
águas turvas do
hediondo egocentrismo
Quando buscais
pôr em evidência
vossos talentos,
Então vos
esqueceis de enaltecer
a sensibilidade alheia...
Na ânsia
insana de servir
para cultivardes as
lembranças
Atropelais pelas
estradas da vida
quem um dia
vos serviu,
Engavetais no
íntimo o egoísmo
afoito que vos
seduziu
E fazeis
do divino agradecimento
o veneno de vossas
andanças...
O caráter
ereto exige que
semeeis a flor
do reconhecimento...
A lua
do sol é
a mesma, mas
a intensidade muda,
Não vos
preocupeis em ser
a medida exata
que governa a luta,
A ingratidão
é erva daninha
que macula deveras
o sentimento
E provoca
em vós o
amadurecer precoce do
envelhecimento!
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