Ainda  ontem  chorei 
por  você,
Deitei  as  lágrimas 
em  meus  próprios 
ombros,
Violenta 
paixão  que  sofre 
sobre  os  escombros
Do  excelso  amor 
que  em  mim 
vi  nascer.
Pranteei  o  desejo 
insano  que  me 
amordaça
E  o  sonho 
selvagem  e  reprimido 
que  me  aniquila,
Não  há  outro 
antídoto  para  a 
dor  que  estribilha,
Pois  sem  você 
nada  sou,  sou 
ninguém,  sou  carcaça...
Supliquei  à  solidão 
que  para  sempre 
me  abandone,
Roguei  à  saudade 
que  se  travista 
noutro  nome
Para  que  esteja 
você  de  vez 
ao  meu  lado...
Deduzi  que  a 
morte  será  inevitável 
caminho
Para  um  amor 
que  já  não 
suporta  respirar  sozinho
Perante  um  coração 
que  bate  enfermo 
e  descompassado!
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