segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Diagnóstico Sentimental



Ainda  ontem  chorei  por  você,
Deitei  as  lágrimas  em  meus  próprios  ombros,
Violenta  paixão  que  sofre  sobre  os  escombros
Do  excelso  amor  que  em  mim  vi  nascer.

Pranteei  o  desejo  insano  que  me  amordaça
E  o  sonho  selvagem  e  reprimido  que  me  aniquila,
Não    outro  antídoto  para  a  dor  que  estribilha,
Pois  sem  você  nada  sou,  sou  ninguém,  sou  carcaça...

Supliquei  à  solidão  que  para  sempre  me  abandone,
Roguei  à  saudade  que  se  travista  noutro  nome
Para  que  esteja  você  de  vez  ao  meu  lado...

Deduzi  que  a  morte  será  inevitável  caminho
Para  um  amor  que    não  suporta  respirar  sozinho
Perante  um  coração  que  bate  enfermo  e  descompassado!

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