segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Não sei quem sou...



O  espelho  é  a  moldura  do  meu  retrato,
Face  a  face  procuro  jogar  limpo  e  sincero,
Olho  no  olho  e  assim  não  me  destempero
Diante  dos  segredos  que  cuidadosamente  guardo.

Instante  pessoal  de  prestação  de  contas
Perante  atitudes  que  em  mim  não  conhecia,
Defronto-me  numa  análise  longa  e  fria,
Mas  a  pesquisa  é  infrutífera  e  me  desaponta.

Indago-me:  Por que  estou  sem  resposta?
Sou  eu  mesmo  que  diante  de  mim  se  posta
E  o  vazio  é  o  contraponto  de  um  íntimo  escasso...

Perfil  em  que  me  sinto  estranho  e  espesso.
Num  átimo  desvendo  que  a  mim  mesmo  desconheço...
Esmurro  o  espelho  que  se  quebra... agora,  onde  me  acho? 

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