Há  em  meu 
silêncio
Uma  vontade  enorme
De  gritar:  Eu  te  amo!
Mas  tua  indiferença
Me  fere,  me 
afasta...
Em  meus  desenganos
Desvendo  o   suor 
que  me  desgasta
Por  amar-te  em 
vão...
O  tempo  não 
é  recompensa,
Pois  nem  em 
mim  tu  pensas
E  fico  a 
maltratar  o  coração
Ao  acariciar  uma 
ponta  de  esperança
Que  insiste  em 
prantear  minha  face...
Ah,  quem  me 
dera!  Ter-te  comigo,
Ser  o  motivo 
de  tuas  lembranças,
Desmascarar 
teu  disfarce,
Juntar  minha
boca  à 
tua
Num  aconchego  de 
carinhoso  enlace
E  dormir  acoplado 
à  tua  imagem 
nua!
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