sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Acoplagem



  em  meu  silêncio
Uma  vontade  enorme
De  gritar:  Eu  te  amo!
Mas  tua  indiferença
Me  fere,  me  afasta...
Em  meus  desenganos
Desvendo  o   suor  que  me  desgasta
Por  amar-te  em  vão...
O  tempo  não  é  recompensa,
Pois  nem  em  mim  tu  pensas
E  fico  a  maltratar  o  coração
Ao  acariciar  uma  ponta  de  esperança
Que  insiste  em  prantear  minha  face...
Ah,  quem  me  dera!  Ter-te  comigo,
Ser  o  motivo  de  tuas  lembranças,
Desmascarar  teu  disfarce,
Juntar  minha boca  à  tua
Num  aconchego  de  carinhoso  enlace
E  dormir  acoplado  à  tua  imagem  nua!

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