Sol e mar
do paraíso tropical,
Exuberância
de rica paisagem
repleta de vida,
Terra fértil que
alimenta e convida
À livre sobrevivência
do requinte natural.
Nas águas límpidas
que correm através
dos vales
Há o frescor
cristalino de um
ambiente puro,
Rios, fontes e
cachoeiras saciam o
viver dos casulos
E na primavera
tem-se o mel
que combate os
males.
Colossal
devaneio que aqui
um dia se viu
Foi
nocauteado pela ambição
selvagem do homem,
Depor a liberdade
foi a mais
nobre insensatez de
ontem
E ainda hoje
há senzalas camufladas
neste Brasil.
Chegam à Colônia
capturados do continente
africano:
Homens,
mulheres e crianças
destinados à escravidão...
Surrupiam os direitos
humanos criaturas sem
coração
Numa overdose de maldade que produz
desencanto..
Torturas as mais
aviltantes marcaram épocas
de terror
E foram bastantes
os negros que
sofreram tanto,
Muitos
adoeceram em seu
íntimo vítimas de
banzo
E mesmo capengas
de saúde souberam
falar de amor.
Deixaram à posteridade
ingredientes de sua
arte:
Estilos
musicais fotografam arsenais
de sua história,
Comidas
típicas, danças e
instrumentos guardam sua
memória
E até hoje
se convive com
esses regalos em
toda parte.
Povo sofrido que
não se esqueceu
de Deus,
Escondidos no segredo
das senzalas expandiram
sua fé,
Divindades de Umbanda,
Quimbanda e Candomblé
São o
manancial de religiosidade
que o escravo
ofereceu.
Rituais
excêntricos são plataforma
de grande sabedoria
Exemplificados
pelo requintado rebolado
da Capoeira,
Gente humilde que
deixou dotes de
uma eloqüência faceira
Contribuindo
com elegância para
a cultura de
nossa cidadania...
Castro Alves exultou
a abolição da
escravatura,
Isabel
sancionou a lei
que lhes devolveu a
liberdade,
Jorge Amado os
descreveu com a
argúcia de sua
intelectualidade
E a luta
de hoje é dissolver-se a
discriminação que perdura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.