quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Tempestade do Silêncio



Rasga-se  o  véu  da  madrugada,
Relâmpagos  acariciam  nuvens  carregadas
Que  desabam  sobre  utópicas  paisagens
Espelhos  d’água  que  são  alegóricas  miragens.

No  assobio  dos  ventos  ciclones  varrem  o  espaço
Da  tempestade  que  fomenta  a  ternura  do  abraço,
Nas  espessas  gotas  que  caem  com  as  trovoadas
O  medo  encardido  se  protege  da  noite  violentada.

Sussurros  sutis  partem  o  silêncio  que  predomina
No  vácuo  da  escuridão  que  contém  uma  usina
Onde  sentimentos  são  industrializados  para  a  vida...

O  tempo  não  arrefece  o  frio  entrecruzado  com  a  solidão,
A  água  do  olhar  inunda  de  melancolia  o  infeliz  coração
Em  cujo  solo  jazem  os  cobertores  da  agonia  sentida!

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