quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sonhos de Pedra



Pôr  no  travesseiro  a  cabeça  intacta
Perante  os  torvelinhos  da  vida  moderna
É  obra  de  arte  que  põe  em  alerta
Mistérios  esdrúxulos  que  sempre  maltratam.

O  homem  sobrevive  na  selva  de  pedra,
Compartilha  o  sono  com  angústias  do  mundo,
Os  sonhos  não  são  fantasias,  são  vagabundos
Que  transformam  realidade  em  campos  de  guerra.

Dormir  é  paradoxo  da  existência  aflita,
Na  verdade  ninguém  dorme,  mas  se  agita
E  se  contrai  enfermidades  do  efêmero  fim...

A  vigília  é  o  repouso  que  o  viver  imputa,
Barbáries  assinalam  o  caráter  de  uma  conduta
Que  lava  o  solo  onde  descansavam  os  querubins!

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