quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Trópicos da Solidão



Estás  indiferente,
Comigo  meio  demente
Como  se  eu  não  existisse...

Toco  em  ti...
É  como  tocar  numa  pedra,
Teu  abandono  me  parece  à  vera,
Pois  nem  mais  fantoche  sou...

Em  meu  silêncio  sou  agora  nada,
Um  zero  à  esquerda  da  aritmética...
Minhas  linhas    não  são  geométricas,
Fugiram  do  meu  plano  cartesiano  em  disparada!

Diante  do  tempo  que  me  faz  envelhecido
  não  posso  mais  amar  contigo
E  assim  fico  carcomido,  solitário  e  triste...

Peço  carona  ao  vento  e  navego  sem  destino
Até  os  confins  onde  solidão  não  é  desatino!

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