Estás indiferente,
Comigo meio demente
Como se eu não
existisse...
Toco em ti...
É como tocar
numa pedra,
Teu abandono me
parece à vera,
Pois nem mais
fantoche sou...
Em meu silêncio
sou agora nada,
Um zero à esquerda da
aritmética...
Minhas linhas já
não são geométricas,
Fugiram do meu
plano cartesiano em
disparada!
Diante do tempo
que me faz
envelhecido
Já não posso
mais amar contigo
E assim fico
carcomido, solitário e
triste...
Peço carona ao
vento e navego
sem destino
Até os confins
onde solidão não
é desatino!
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